A discussão sobre espaços bioconstruídos e a estética da permacultura foi uma das discussões que surgiu ao longo do processo, sendo parte de um processo de resistência da comunidade ao capitalismo exarcebado que vivemos. Um dos pontos fortes de apresentação do Fórum Social Mundial 2005 (Porto Alegre/RS), onde espaços bioconstruídos foram definidos como estrutura tanto para os auditórios de conferência como para espaços expositivos ao ar livre, dispostos ao longo da Orla do Guaíba. Os espaços bioconstruídos contavam com cisternas para captação de água, fossas ecológicas e captação de energia solar em pequena escala através de estruturas feitas a partir de garrafas peti e canos hidráulicos reutilizáveis. Pensar espaços bioconstruídos e permacultura como forma e possibilidade estética em arte, energia e meio ambiente amplia nosso olhar para possibilidades de moradia e sobrevivência em escala humana, com sentido não comercial e que valoriza a autonomia sobre a existência de um sistema operativo de vida em harmonia com a natureza. A arte é uma possibilidade que dá forma a este sentido desde que operada através de uma proposta coletiva e colaborativa, intrínseca à vida e ao cotidiano, ampliando assim seus limites de atuação e de comprometimento com outras áreas do conhecimento humano, da expressão e criatividade. A estética da permacultura e a discussão decorrente de projetos em arte coletiva para espaços bioconstruídos ampliam nossa visão de trasndisciplinareidade entre diferentes áreas e retomam nosso compromisso com a arte e a vida para questões que apontam soluções para moradia e obtenção de energia.
Submidialogia - Subvaladares
Oficina de Estética Ambiental
Produção de objetos e projetos para bio-estética e bio-construção.
Foi dia 5 de setembro na Ilha do Valadares - Paraná.
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